Jodhaa Akbar, um épico espetacular!

Ah sim, e essa produção é uma das mais longas já feitas em Bollywood, com 3 horas e 31 minutos de duração (onze minutos menos que Lagaan, do mesmo Ashutosh).
Além disso, Akbar construiu a cidadela de Fatehpur Sikri, perto de Agra, que foi um dos lugares na Índia em que mais fiquei encantado quando visitei. Ela foi ocupada por apenas 12 anos e em seguida abandonada devido à seca, mas permanece intacta, 400 anos depois. De Jodhaa e Akbar nasceu Jahangir, que sucedeu seu pai no Império Mogol e que, por sua vez, foi sucedido por seu filho Shahjahan, que acabou por entrar na história pela construção do Taj Mahal, uma das atuais 7 maravilhas do mundo. E Shahjahan é, por sua vez, bisneto de Humayun (pai de Akbar), que reinou em Delhi e reside hoje sob a mais bela tumba da atual capital da Índia.

Ou seja, dizer se Jodhaa realmente existiu e se ela era Mariam-uz-Zamani é uma tarefa em verdade impossível de ser confirmada. Mas nada disso tira a beleza do filme, que não deixa também de ser uma ficção. Ashutosh confessou que 70% da história do filme é obra de sua cabeça.

A forte personalidade de Jodhaa faz Akbar sentir-se muito desafiado. Mas é justamente com esse desafio que ele mergulha na paixão - e é isso que o filme explora do começo ao fim. Pra começar, ela própria coloca como condição ao casamento a permissão de ela seguir hindu e devota de Krishna, o que significaria levar ao palácio de Akbar uma estátua do deus hindu. E numa cena do filme, quando Akbar entra em seu quarto, nota que suas araras haviam sido soltas da gaiola, certamente pela condolida Jodhaa.

O filme desenrola-se com todos esses entreveros, mas não cansa. A beleza dos figurinos, dos cenários, das músicas e das coreografias mantém a nossa atenção na obra. Aliás, a coreografia de Azeem-o-Shaan Shahenshah é simplesmente fantástica (essa música ficou famosa por fazer parte da trilha sonora indiana de Caminho das Índias). E Aishwarya e Hrithik estão absolutamente excelentes em seus papéis.
Na premiação do Filmfare Awards desse ano, Jodhaa Akbar levou o prêmio de melhor filme, além de melhor diretor pra Ashutosh Gowariker, melhor ator pra Hrithik Roshan, melhor escritor de música para Javed Aktar e melhor edição de som para A.R. Rahman. No total, o filme já soma onze prêmios, dentre eles o de Melhor Filme Estrangeiro votado pelo público na 32ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (2008). Aliás, no site oficial do filme, esse último prêmio aparece em destaque na página de abertura, dada a importância que nosso festival tem hoje para o cinema.

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Desejo-lhes dias felizes e iluminados!
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Obrigado por reproduzir este texto de Jodhaa Akbar! :D
Bjs!